quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Gira Gira Gira

Venho apresentar a minha ideia referente à organização social do homem em três eras desde o advento de Cristo. Para a representação destas organizações quero vinculá-las à Roda da Fortuna, partindo de um princípio de "giro" histórico. A Roda da Fortuna representa as situações de mudanças em nossa sociedade ocidental tendo em vista a luta polar 6x9.

A vinculação com um símbolo pagão não é por acaso, pretendo com isso afirmar a ideia de que por mais que esteja em cima ou embaixo (666 ou 999) todos esses conceitos são pagãos, e portanto, quebrando a ideia de uma sociedade divinizada com moldes bíblicos, como muitos ainda imaginam, um "reino de Deus na terra".

A primeira era é a chamada Idade Média. Nela está marcada a ideia da aproximação com deus pelo domínio da Igreja Católica. Nesta época tudo se fazia em nome de deus, inclusive matava-se em nome de deus. Não quero aqui entrar em méritos quanto a distanciação ocorrida da Igreja para com o Deus Altíssimo, mas frisar o ideal de deus presente nesta época.

É importante perceber que para cada era temos uma perspectiva para a visão dual 666X999. Na primeira era, a Igreja era detentora da Luz (999) e tentava levá-la às Trevas (666) que seriam os povos fora do domínio da Igreja.

A segunda era vai desde o fim da Idade Média até os nossos dias, mas com a certeza de que desde o século XIX estamos presenciando uma transição para a terceira era (com a vinda do cristo cósmico Baha'u'llah). Representa a quebra com a ideia inicial de "em nome de deus" presente na Idade Média. Estão presentes a Reforma protestante e as transformações que ocorriam nesta época que trouxeram um elemento novo, "em nome do dinheiro", tais como os conceitos de Humanismo, trocar deus e por o homem como Centro de todas as coisas.

Deus e Homem são polaridades, 9 (Deus) e 6 (Homem), dessa forma vemos a perspectiva polar da época e a sua inversão. A Roda da Fortuna gira em 180 graus colocando deus para baixo e o homem para cima, agora não mais o homem deve se preocupar em se ver necessitado em realizar as coisas em nome de deus, mas para benefício próprio. No conceito iluminista do século XVIII a visão polar estava desta maneira: As trevas do domínio da igreja (666) deviam ser abandonadas para a enaltação da luz da razão (999).

A terceira era é um retorno à primeira. A Roda da fortuna gira mais uma vez em 180 graus e recoloca deus no topo. Esta é a sociedade na Ordem Mundial de Baha'u'llah com a quebra da sociedade iluminista (queda da babilônia) e a sua razão longe de Deus. Assim como na Idade Média o que tínhamos de científico era sempre em ligação à Igreja e suas ideias, a união da ciência e religião será mais uma vez estabelecida. Baha'u'llah aponta essa mudança na mente humana em seu Vale da Admiração, pois para ele o ser humano ao admirar-se com a complexidade da vida, voltaria sua face para o entendimento presente em suas palavras.
Deus, o Excelso, depositou nos homens esses sinais para que os filósofos não negassem os mistérios da vida do além, nem tivessem em pouca conta aquilo que lhes foi prometido. Pois alguns se apoiam no raciocínio e negam tudo o que a razão não compreende; entretanto, mentes fracas jamais compreenderão os temas que acabamos de relatar, pois tão-somente a Inteligência Suprema, Divina, é que os pode compreender: Baha'u'llah - Os Sete Vales
A perspectiva polar da humanidade hoje se apresentaria dessa forma: a era da razão humana e da sua civilização trouxe a este homem um patamar não planejado inicialmente, guerras ainda mais bárbaras foram travadas e a humanidade nem de longe parece ser civilizada de fato, assim sendo o que era para ser "9" inicialmente, acabou por tornar-se "6", pois foi aqui que podemos ver o quão mau pode ser este homem. Ao reconhecer este estado de inferioridade do ser humano, ele buscará forças a partir de um estado externo dele, voltando assim a um ideal de deus globalizado.

É importante notar que o epicentro da "segunda era" é visto na figura dos EUA, maior detentor dos ideais de razão do sistema iluminista, daí vemos a necessidade de uma quebra abrupta deste poder para que uma nova ordem possa ser estabelecida.

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