sábado, 9 de novembro de 2013

Mais uma de Feliciano

Parece estar em alta novamente aquele velho questionamento "Feliciano representa você?". Afinal, devemos ou não reconhecer essa representação? É claro que isso é algo de cada um, mas posso montar um panorama em cima dessa discussão.

Do ponto de vista político, Feliciano (por mais que não completamente, porém sem dúvida crescendo com esta responsabilidade) está apto para defender os interesses de um cristão seja de qual for sua vertente, em relação às questões da manutenção de uma moral judaico-cristã. Porém ele está tão apto para isso quanto um padre ou um rabino que exerça a mesma função política.

Mas às vezes a imagem que é repassada por alguns evangélicos do Brasil, querem dar a ideia desse pastor representar de uma maneira integral toda a comunidade protestante, tudo isso em prol de um inimigo comum, a degradação cultural.

Se conseguirmos separar o campo das questões da fé, poderíamos então reconhecer essa representação política (o que para um dito "homem de Deus" não deveria valer muita coisa). Acontece que o próprio pastor não consegue fazer essa separação e consequentemente seus seguidores também não, fazendo com que este se transforme em apenas mais uma liderança moral. E conseguimos ver isso claramente neste vídeo, em que o pastor afirma que foi Jesus o qual havia levantado "até demônios" para o ajudar em sua luta. Nem mesmo para ter consideração pela comunidade religiosa, o pastor chama de demônio as entidades que estariam sendo clamadas. Se o pastor quis se reter substituindo o seu vocabulário pelo politicamente correto "afro-descendente" no início do vídeo, pecou grave nessa outra questão.

Um pastor quando quer entrar para o campo da política deve no mínimo se colocar como sendo um cidadão e não um enviado de Deus. Mas não é isso que vemos, o que temos são gente que se diz "levantado por Deus" para cargo tal, para assumir tal responsabilidade e etc. Eu não acredito nisso! E o que tenho aprendido com a Bíblia, sobretudo com o estudo escatológico, é que se Deus está disposto a enviar algo nesses últimos dias, isso é a operação do erro (2 Ts 2).

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