sábado, 30 de novembro de 2013

O despertar do cristo cósmico tecnológico

A tecnologia possui um papel importante nesses últimos dias. Vemos isso já na questão dela impulsionar o surgimento de um mundo globalizado, ao passo disso ser fundamental pelo fato de surgir um reino que "ajunta para si todas as nações, e agrega a si todos os povos" (Hc 2:5). Assim como no tempo do profeta Habacuque, em que o povo de Deus estava ameaçado pela expansão do povo caldeu, nós hoje estamos ameaçados pela ascensão de uma época que vê na figura da fé cristã algo a ser expelido (Ver: A morte dos Santos).

Mais que isso, a tecnologia pode desempenhar outro papel, o de voltar o coração do cidadão global, que é exposto a uma divinização da ciência e da técnica, ao cristo cósmico pai da unidade universal Baha'u'llah. Não que a fé baha'i esteja por trás das descobertas científicas como um agente titereiro oculto,  mas a própria ciência caminha para essa realidade.

Pesquisadores como Hermínio Martins, Victor Ferkiss (que cunhou o termo “gnosticismo tecnológico”) e Erik Davis, apontam a agenda tecnológica como influenciada por aspirantes de cunho místico, sobretudo na figura do gnosticismo. (Ver artigo daqui). Neste mesmo artigo encontramos que "Diversos autores (...) detectaram e mapearam a semente do misticismo nas comunidades científicas, sejam acadêmicos ou tecnófilos"

O blogue Está Por Vir bate na tecla de que todas essas correntes místicas levam ao mesmo fim: o reconhecimento de um cristo cósmico em uma era de ouro. É valido lembrar que a ideia gnóstica de que a nossa realidade é criada e governada por uma figura divinal malévola, um Demiurgo, nos leva a lógica de que o número nove (número de bahá) seja a chave para se libertar desse "aprisionamento da Matrix", a qual foi apresentada ao longo da série do blogue "Nove - O Código".

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Algumas considerações

Para vocês perceberem o quão as pessoas conseguem se imergir em futilidades que por vezes o estudo escatológico trás: o meu post mais comentado, sobretudo em refutações, é o de "As crianças e o arrebatamento". O meu objetivo com ele era apenas trazer uma questão vista por mim de como estamos caminhando para uma perda significativa da vida. E como as crianças sendo um símbolo da própria vida, ao ponto de o próprio Cristo dizer que deveríamos ser como elas, minha intenção foi afirmar que essa "referência" de como devemos ser está acabando nessa sociedade que se levanta.

Porém poucos conseguiram realmente captar o conteúdo da mensagem. Ora, se as crianças serão ou não arrebatadas? Eu não creio em um arrebatamento antes da vinda de Cristo, então porque eu me preocuparia em responder essa questão?

Outro fator que eu queria pontuar, é em relação ao pecado. Ao falar que somos pecados no post, não estava dizendo que Cristo não o havia tirado de nós, estava falando no âmbito da carne. É necessário que você admita o quão pecador você é para que a graça possa então fazer o seu papel. Para quem quiser se aprofundar mais nessa questão, deixo aqui um artigo de um amigo meu em relação ao "pecado".

sábado, 23 de novembro de 2013

A 'Patafísica no caso da prisão de ativistas do Greenpeace

Os 30 membros da tripulação presos em setembro, depois de uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico, foram acusados de pirataria e, ao final de outubro, de vandalismo. Não está claro se a primeira acusação, que pode ser punida com até 15 anos de prisão, será retirada, enquanto a segunda pode levar a uma pena de até sete anos de detenção
(Daqui
A 'patafísica definida como a "ciência das soluções imaginárias e das leis que regulam as exceções"  foi criada pelo dramaturgo francês Alfred Jarry no século XIX. Influenciou diretamente o Surrealismo e o Teatro do absurdo, em que se utiliza, para a criação do enredo, das personagens e do diálogo, elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e sociedade.


A verdade é que todas as ações que são resultado direto de uma globalização e de uma "pré nova ordem mundial", são fatos patafísicos. Pois cria-se uma grande trama cujo enredo e personagens são envoltos de uma grande massa ilógica que faz com que toda aquela situação ali seja inútil e desnecessária, mas são pontualmente reveladas a um publico apático em relação a toda essa realidade.

O caso dos ativistas presos na Rússia é só mais um exemplo que estamos vendo nesses últimos dias. A tripulação dentro do navio Artic Sunrise, que outrora também foi alvo do Greenpeace, faz suas manifestações pacíficas como de hábito. Mas dessa vez algo não saiu como o combinado (ou será que sim?). A ativista brasileira em entrevista ao Fantástico revelou que ficou chocada com a prisão.  Ora, ela não deveria ficar chocada coisa alguma! Estranho seria se o governo russo os convidasse para assistir uma peça de Ballet.

Mas qual foi o motivo da prisão, afinal? A aplicação da ciência das soluções imaginárias. O governo poderia mandá-los para a prisão de verdade, ficarem em contato com a bactéria da tuberculose mutante devido ao mal tratamento nos detentos. Ante isso, o governo os prende em selas dentro de uma mesma sala em que os presos podem se comunicar e mandar apoio ao seu vizinho, até mesmo ganhar papel para escrever alguma frase ao mundo que vai estar acompanhando de perto, já que câmeras podem filmar à vontade tudo o que se passa por lá. Se isso não é o bastante, a mídia vai ser a primeira a te confortar depois da sua saída da prisão, a qual é uma solução da solução imaginaria inicial, querer mostrar a sua trajetória de vida, isso tudo apenas porque você supostamente tem uma mesma identidade que o público que vai assistir, a nacionalidade.

Somos produtos de ações estapafúrdias, sem a necessidade de o ser. Ações que são aplicadas apenas para fazer com que nos lembremos que existem certas coisas (no caso, gente que sai por aí no frio de uma Rússia escalando navios para proteger o mundo), para que tais coisas não percam o seu sentido em sê-los.

sábado, 16 de novembro de 2013

Quatrocentos e sessenta e três contradições

O projeto BibViz acredita ter encontrado 463 contradições na bíblia (número que eu considero até modesto). Este é um projeto do programador e designer Daniel G Taylor, o qual mostra graficamente as tais contradições. No gráfico, cada linha vertical azul representa um capítulo diferente da Bíblia, ordenado sequencialmente, enquanto os arcos vermelhos representam uma pergunta cuja resposta é lincada às respectivas passagens supostamente contraditórias.

As contradições são referentes às mais absurdas questões, como "cor da roupa de Jesus", "idade de alguma persona", "comer ou não tal alimento". Mas também pretende abordar questões como "Por que o seu deus, que eu não acredito que exista, é tão cruel e preconceituoso?".

Mas o projeto até que é interessante pelo fato de te oferecer o contexto da tal contradição, e ainda em três diferentes versões de tradução. Porém, as pessoas que "curtem e compartilham essa ideia" não são interessadas em se quer ler um versículo para comprovar ou não a tal contradição.

Cliquei aleatoriamente no gráfico e fui para na questão do roubo. Segundo consta, o autor considerou contradição existir um mandamento de não roubar e, no entanto, na saída dos hebreus do Egito, os mesmos agirem de modo a "forçar" os egípcios a doarem suas jóias (EX 12).

Não é de se assustar. Isso é apenas o começo da matança das duas testemunhas, pois tais terão de dar testemunho de algo que já ninguém mais está a dar ouvidos. Mas após um tempo de morte do testemunho, a palavra voltará viva, pois há de se cumprir o que está escrito.
Então será revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda. 2 Tessalonicenses 2:8


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Primeiro ano de trabalho

No último sábado, o trabalho que realizo completou um ano, trabalho este que se iniciou pelo facebook e mais tarde com o blogue que aqui escrevo. Nesse ano percebi que a maioria das pessoas que visualizam blogues como este, estão apenas em busca de notícias quentes, coisas de momento, revelações bombásticas e tantas outras coisas deste gênero. Canais de notícias alternativas podem crescer facilmente dependendo apenas de uma jogada de marketing.

Salvo algumas exceções, os blogues que recebem milhares de visitas, as recebem sobretudo pelo alto teor especulativo de suas notícias. Sentem a necessidade de noticiar qualquer coisa com um fundo "oculto", até mesmo para sustentar as especulações anteriores. A internet então funciona como uma bolsa de valores que você aplica, especula e deixa-se especular com o intuito de ver seu capital crescer. Porém sempre conseguimos ver o estouro da bolha especulativa, teorias que são veementes tomadas como certas, de um instante para o outro são colocadas ao chão, como o caso da renúncia de Bento XVI e a história da volta de JP II. Isso só causa uma desvalorização do trabalho verdadeiro e ainda por cima abre espaço pára zombadores da fé.

Uma coisa me orgulho deste blogue, que é o fato dele seguir uma linha de raciocínio, não pegar qualquer bonde que passar por perto, por mais que isso possa parecer vantajoso no sentido de abranger o público. Não sei de tudo, na verdade sei muito pouco, e o pouco que sei estou disposto a compartilhar.

sábado, 9 de novembro de 2013

Mais uma de Feliciano

Parece estar em alta novamente aquele velho questionamento "Feliciano representa você?". Afinal, devemos ou não reconhecer essa representação? É claro que isso é algo de cada um, mas posso montar um panorama em cima dessa discussão.

Do ponto de vista político, Feliciano (por mais que não completamente, porém sem dúvida crescendo com esta responsabilidade) está apto para defender os interesses de um cristão seja de qual for sua vertente, em relação às questões da manutenção de uma moral judaico-cristã. Porém ele está tão apto para isso quanto um padre ou um rabino que exerça a mesma função política.

Mas às vezes a imagem que é repassada por alguns evangélicos do Brasil, querem dar a ideia desse pastor representar de uma maneira integral toda a comunidade protestante, tudo isso em prol de um inimigo comum, a degradação cultural.

Se conseguirmos separar o campo das questões da fé, poderíamos então reconhecer essa representação política (o que para um dito "homem de Deus" não deveria valer muita coisa). Acontece que o próprio pastor não consegue fazer essa separação e consequentemente seus seguidores também não, fazendo com que este se transforme em apenas mais uma liderança moral. E conseguimos ver isso claramente neste vídeo, em que o pastor afirma que foi Jesus o qual havia levantado "até demônios" para o ajudar em sua luta. Nem mesmo para ter consideração pela comunidade religiosa, o pastor chama de demônio as entidades que estariam sendo clamadas. Se o pastor quis se reter substituindo o seu vocabulário pelo politicamente correto "afro-descendente" no início do vídeo, pecou grave nessa outra questão.

Um pastor quando quer entrar para o campo da política deve no mínimo se colocar como sendo um cidadão e não um enviado de Deus. Mas não é isso que vemos, o que temos são gente que se diz "levantado por Deus" para cargo tal, para assumir tal responsabilidade e etc. Eu não acredito nisso! E o que tenho aprendido com a Bíblia, sobretudo com o estudo escatológico, é que se Deus está disposto a enviar algo nesses últimos dias, isso é a operação do erro (2 Ts 2).

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mar de sangue?

Se você não acompanhou a história do "mar de sangue" veja aqui.

Salva-se a cantora (e bióloga) Aline Barros do atestado de estupidez pelo ocorrido, já que foi uma das milhares de páginas fakes que carregam o seu nome que postou tal sandice, porém as mesmas pessoas que seguem páginas fakes de cantores gospeis como se fossem reais, são suficientemente estúpidas para acreditarem no fato. E é certo que muitas pessoas saíram em defesa dessa tese absurda.

Esse tipo de análise dos acontecimentos, os quais se baseiam em fenômenos da natureza (tsunamis, furacões, etc) para justificarem um possível retorno de Cristo, só podem vir de pessoas que estão na comodidade da ilusão que o mundo gospel passa. Um ilusório reino de Deus abundante, frutífero, quando na verdade estamos em meio a uma seca, sem pão (palavra). 

Quem consegue ter a visão real do reino espiritual não presta atenção nos acontecimentos no reino natural e tão pouco o toma por base em relação a afirmar que isso é um sinal da vinda de Cristo. Ante isso, é o cenário de apostasia que delimita o advento de Cristo (II Ts 2).

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Nossa "teoria da conspiração" já é notícia popular

Uma das maiores "inovações tecnológicas" aplicadas aos terminais de ônibus na cidade de Goiânia foram alguns painéis eletrônicos em seus pontos de suas respectivas linhas. Neles você pode saber que horas são, sem que seja preciso perguntar para o vizinho de fila ou tirar seu celular do bolso correndo o risco de ficar sem ele dentro de instantes; o horário do próximo ônibus, além de  ficar por dentro das notícias do mundo inteiro com selo de qualidade Veja.

Pois bem, agora que o leitor sabe dessa maravilhosa ação da prefeitura, vamos ao que interessa. Estava eu em uma fila esperando o meu ônibus, como de hábito, e na enfadonha espera decidir dar uma olhada nas informações que o tal painel de que falei acima estava mostrando. E dentre as notícias estava a de que "Especialista da ONU quer criação de Assembleia Parlamentar na organização". Tal afirmação para quem acompanha as notícias referentes ao projeto para a humanidade sustentada pela comunidade baha'i, não é surpresa. Ideias como "reforma da ONU" e sobretudo "criação de um Parlamento Mundial" são a base para os que muitos insistem em chamar de "teoria da conspiração".

A teoria da conspiração vem de algo que não se baseia em provas concretas, mas obviamente em teorias alternativas. O que tratamos em referência à Fé Baha'i não é teoria, o que sustenta a religião são os objetivos que tal traça para que "os povos da terra vivam em unidade". Você pode optar por não acreditar que eles vão conseguir, mas comete uma estupidez em rejeitar a ideia de que eles estão a tentar. Ao aceitarmos que eles estão tentando, é notícias com esta que reforçam o pensamento de que eles estão avançando em seus objetivos.

O fato de eu comentar sobre o modo pelo qual essa notícia chegou até a mim, é importante para expor o meu pensamento o qual é condensado no próprio título do texto 'Nossa "teoria da conspiração" já é notícia popular'. Quando uma notícia é dada de forma tendenciosa fica fácil para que o receptor experto possa perceber a jogada, porém quando uma notícia como esta permeia livremente o noticiário popular, é sinal de que a carga ideológica da notícia já está em avançado estado de apresentação ao público leigo e consequentemente a sua aceitação. Afinal, por qual motivo alguém seria contra a criação de "um espaço para a sociedade civil discutir e tomar decisões sobre questões como a paz, o meio ambiente e o patrimônio mundial"?.