terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O Paradoxo de RR Soares

O Telemissionário RR Soares publicou o seguinte em sua página no facebook:


Com base em seus dizeres, se eu não me sentir bem com a palavra que ele ministra, se eu sentir algo estranho (sic) em suas pregações, é porque tais não são provenientes de Deus e, portanto, devem ser ignoradas. Porém, se eu tiver de ignorar o que ele diz, devo ignorar também esses mesmos dizeres que deram origem a esse raciocínio. Logo, eu não devo medir a procedência da palavra partindo daquilo que eu sentir ao rebebê-la.

Com sua citação a Salmos 119 é impossível não lembrar de uma outra:
E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. Apocalipse 10:10 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Traduzindo os princípios da Nova Ordem Mundial - Parte 2


Harmonia essencial entre a religião e a ciência - Cientificismo


Stephen Hawking, uma das figuras mais conhecidas no meio científico, no livro O Grande Desígnio escreve o seguinte:
"Como as pessoas só vivem uma vez neste mundo gigantesco, que umas vezes é benevolente e outras vezes cruel, a olharem para o céu interminável que se estende por cima delas, interrogam-se muito. Como podemos compreender o mundo em que vivemos? Como é o universo? Qual a natureza da realidade? De onde vem tudo isto? O universo precisa de um criador? A maioria de nós não gasta em geral muito tempo com estas perguntas mas quase todos pensamos nelas de vez em quando. Tradicionalmente, estas perguntas seriam para a filosofia mas a filosofia morreu. Ela não conseguiu acompanhar os novos desenvolvimentos das ciências da natureza, em especial na física. Agora são os cientistas da natureza que, com as suas descobertas, estimulam a procura de conhecimento."

O cientificismo é uma Ideia segundo a qual afirma que tudo o que não pertença ao domínio da ciência da natureza não existe e não pode ser objeto de estudo, concedendo um valor absoluto ao progresso científico. Essa noção surgiu, dentre outras do seu tempo (há quem diga ser devido o advento do prometido), com o positivismo de Auguste Comte e hoje ganha força com nomes como o de Hawking.

No trecho apresentado acima, Hawking ilustra o sentimento oceânico, que é a fonte da religiosidade em Freud, nas indagações apresentadas, as quais outrora seriam respondidas pela filosofia. Hawking não fala da religião, que poderia desempenhar o mesmo papel, por um motivo óbvio: a religião já foi superada pela ciência há muito tempo, o que restava era a emancipação da filosofia.

Basicamente, o princípio número 2 da Nova Ordem Mundial de Baha'u'lláh, harmonia entre ciência e religião, refere-se à superioridade da ciência por parte da comunidade científica, por um lado, e à ingenuidade da comunidade religiosa/filosófica, por outro lado, ao acreditar na suposta harmonia entre elas.

As hipotéticas questões referidas no trecho estão no âmbito da admiração. A partir da contemplação sensível do mundo tais perguntas foram formuladas. Tudo isso diz respeito ao Vale da Admiração. Baha'u'llah começa esse vale definindo-lhe como "o sacudido do oceano da grandeza", ou seja, esse é o vale da excitação do sentimento oceânico do homem contemporâneo que, por sua vez, é um reflexo do regime cientificista operante.

Para ver a parte 1 clique aqui.

Fontes:
http://filosofiaes.blogspot.pt/2014/12/a-filosofia-morreu.html
https://espectivas.wordpress.com/
http://www.mdig.com.br/?itemid=16369
http://www.bahai.org.br/brasilia/Sete_Vales.htm

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Interpretações distorcidas

Daqui
Dois acontecimentos envolvendo terrorismo em nome do islã aconteceram nessa semana e revelaram uma nova maneira de a mídia brasileira propagar os princípios da nova ordem mundial do cristo cósmico Baha'u'llah. O primeiro foi o caso de um homem armado que invadiu um café em Sidney e a mídia fez questão, ao apontar quais seriam os motivos do atentado, em expô-lo como falso clérigo muçulmano. O segundo, um dia depois, aconteceu no Paquistão onde o grupo terrorista Talibã matou mais de 140 pessoas, por tentarem implantar uma interpretação distorcida do islamismo.

Não foram apenas detalhes de reportagem, as apresentações de ambos os casos foram feitas de modo a não atribuir qualquer conotação má ao islamismo. Ao cristianismo, por outro lado, não se vê nenhum esforço parecido. Pelo contrário, intolerância, preconceito e extremismo são mostrados como atos da essência cristã. Enquanto isso, "interpretações distorcidas" como a do islamismo e comunismo continuam matando aos montes pelo mundo.

Os confrontos de extremistas muçulmanos com o imperialismo estadunidense marcaram negativamente a religião islâmica. É hora, para o bem da unidade da humanidade, de apagar esse conceito. Ainda para completar, David Cameron representando o papel britânico na nova era afirmou que "o islã é uma religião de paz".

No final das contas, restará a esses líderes mundiais sugerirem as interpretações de Baha'u'llah do Corão, da Bíblia , etc.

sábado, 15 de novembro de 2014

Construir o "reino de Deus na terra" é falta de fé

Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra? Lucas 18:8
Uma característica da sociedade nesses últimos dias tem sido a falta de fé. Esse é um sintoma da mentalidade revolucionária, que é o retorno do pensamento gnóstico da antiguidade tardia. Tal como foi oposição à Igreja primitiva o gnosticismo da época, hoje nos é oposição o neo-gnosticismo das religiões politicas.

O gnosticismo vê a fé como "sintonia com o divino". É como se Deus se estabelecesse por certa frequência, e só os que estariam sintonizados possuiriam a verdadeira fé. Desse modo, só possuem fé hoje aqueles que estão em consonância com o espírito do tempo, mas precisamente com o espírito insuflado do cristo cósmico Baha'u'llah.

O começo da ansiedade é o fim da fé. Dentro das devidas proporções, pode-se ter por ansiedade a tentativa de imanentizar o eschaton dos movimentos que tentam trazer o céu para a terra. A ansiedade do homem vence a fé e faz com que este tente, por seus próprios meios, alcançar o paraíso ao qual lhe foi prometido.

Não há, para nós, nenhuma obrigação imputada de construir "o Reino de Deus na terra". Isso não pode ser justificado, mesmo que alguns insistam, como "preparar o caminho do Senhor". Preparar o caminho é apenas assegurar que haja um número de almas abertas à voz da palavra. Enquanto isso, esforçar-se para impedir que a sociedade se torne um abismo no qual todas as almas se perdem.

sábado, 25 de outubro de 2014

A economia não-materialista materialista da Ordem Mundial de Baha'u'llah (2)

Parte I

Ainda na busca para tentar encontrar traços daquilo que possa vir a ser uma economia divina, humanitária e não materialista para a Nova Ordem Mundial, nos deparamos com algo que está muito próximo a todos nós: ajudas assistencialistas como o bolsa família. O intuito não é fazer um juízo de certo ou errado em cima dessas, tal como na primeira parte que tratava do fim do período escravocrata, a questão abordada não foi "o fim da escravidão foi certo ou errado?". Essa análise tem por finalidade apenas entendermos que uma economia divina para uma futura ordem global, como prevê o cristo cósmico Baha'u'llah, não é nada extraordinário ou sobrenatural.


Baha'u'llah elogiou os feitos da Rainha Vitória em proibir o tráfico de escravos, mesmo que   para tal ação houvessem mais motivos econômicos do que humanitários. Com o assistencialismo estatal não é diferente.

As maiores críticas feitas ao governo do PT, por parte dos intelectuais de esquerda, se baseia no fato deste seguir sustentando o mesmo viés econômico neoliberal que o antecedia, no governo tucano. Entretanto, ninguém leva isso em conta na hora das eleições, até porque  tal partido não pode fazer muitas manobras econômicas, pois precisa sustentar os demais companheiros do Foro de São Paulo.

O cidadão que sai da miséria e consegue entrar no mercado de trabalho permanece grato, por algum tempo, a quem esteve lhe oferecendo a oportunidade, mas com o passar dos anos acaba percebendo que sua sorte depende muito mais do seu próprio esforço do que de um favor recebido outrora.[1] 

O cidadão acaba sendo visto como "ingrato", situação que o blogueiro Wilson Ferreira[2] identifica como "ovo da serpente" do PT: uma nova classe de pessoas que tiveram uma percepção de mobilidade social pelo mérito individual (e não pela assistência do governo) pronta para dar o bote. É por esses casos que o governo tende a suprir as necessidades (entenda como intrometer-se) cada vez mais em todas as etapas da vida dessa pessoa. 

Referências
[1]http://www.olavodecarvalho.org/semana/120912dc.html
[2]http://cinegnose.blogspot.com.br/2014/10/sociedade-de-consumo-e-o-ovo-da.html

domingo, 19 de outubro de 2014

Apóstolo Paulo foi um psicopata


O apóstolo Paulo, frente aos atuais conceitos, era um psicopata, conforme se pode ler aqui, segundo o psicólogo inglês Kevin Dutton:
“Bill Clinton, Steve Jobs, Franklin Roosevelt, James Bond, John F. Kennedy, Vladimir Putin, King David, the Apostle Paul – all of these, Dr. Dutton suggests, would doubtless score well on any psychopathic test.”
Para a ciência, o evangelho teve seu início marcado pela ação de uma pessoa com fortes tendências psicopatas. E como a ciência tem sempre razão, devemos acreditar também que aqueles que ainda dão créditos às psicopatias de Paulo sejam, na verdade, psicopatas em potencial.

sábado, 27 de setembro de 2014

Sede unidos, ó soberanos da Terra!...

Uma das características mais fortes daquele que seria o mundo unificado, dentro de uma perspectiva de Nova Ordem Mundial segundo Baha'u'llah, seria visível na concordância, por parte dos diversos governantes, em guerrear contra forças que de alguma maneira quebrassem a harmonia entre os povos.
Sede unidos, ó soberanos da Terra!... Para que desse modo sejam acalmadas as tempestades entre vós e vossos povos encontrem o sossego. Se algum de vós levantar armas contra outro, erguei-vos todos contra ele, pois isto nada mais é que justiça manifesta.[1]
Recentemente, o grupo jihadista Estado Islâmico, conhecido também pela sigla ISIS (Islamic State in Iraq and Syria), tem feito líderes de todas as partes do globo refletirem sobre a possibilidade de intervenção internacional nos lugares onde o grupo atua, territórios divididos na Síria e no Iraque.

O que difere tal grupo terrorista dos demais talvez seja a forte propaganda que este faz de si. Vídeos os quais mostram grupos minoritários, como xiitas e cristãos, sendo decapitadas são jogados aos montes na internet e causam grande comoção. A agitação promoveu um encontro entre líderes mundiais para estabelecer ações que neutralizassem as barbáries cometidas.

Mesmo a luta parecendo ser justa e necessária, não há nenhum ponto de referência que venha confirmar uma possível vitória por parte internacional. Isso faria da guerra um conflito gratuito. 

Os Países vizinhos aos territórios de atuação do ISIS não pediram nenhuma ajuda internacional. A intromissão de países que não têm suas seguranças nacionais ameaçadas pelo grupo serve, por um lado, como promoção da ideia de harmonia da aldeia global e serve também, por outro lado, para mostrar a ainda soberania estadunidense nas questões de guerra, até à sua submissão ao governo regido por um corpo executivo mundial.

Notas
[1] ARAÚJO,  Washington. Introdução ao Pensamento de Bahá'u'lláh. Editora Planeta Paz

sábado, 13 de setembro de 2014

A doçura no discurso do "Sim!"

O discurso que vem na mão da Nova Ordem Mundial se utiliza de uma estratégia linguística que parte da recorrência de "temas universais de consenso". Trata-se de abordar temas de fácil adesão, assuntos para os quais ninguém pode dizer um "não". Entretanto, tais são expostos de modo fragmentado, fora de um contexto e de caráter não-politizado.

A propaganda da ordem mundial se apropria de temas como o fim da miséria, o combate às doenças, a preservação do meio ambiente, entre outros objetivos (e não metas), e associa-os ao número, nome e sinal do cristo cósmico Baha'u'llah. Afinal, ninguém pode ser contra o fim da miséria, contra o combate às doenças, ou mesmo contra a preservação do meio ambiente.

De tão genérica que são as campanhas a favor de "um mundo melhor", nem nada nem ninguém é capaz de confrontá-las, o fazendo seria como "ser contra um mundo melhor". As divergências giram em torno da questão de "como fazer um mundo melhor?", mas o objetivo dessas campanhas não é responder a tal pergunta. É como no Rock in Rio 2001 cujo slogan foi "Por um mundo melhor", ninguém se levantou contra essa ideia, embora nada tenha se acrescentado à tentativa de realizá-la.

Isso ocorre não por falha dos idealizadores. Acontece que essa é uma responsabilidade de uma plêiade de iluminados, uma elite de pneumáticos. O cidadão comum fica apenas com a parte genérica e superficial do assunto. Mesmo com um parlamento mundial a coisa não mudaria. O caráter não-politizado da abordagem sobrepõe qualquer eventual resultado desta acima de críticas com viés político. É dessa maneira que a união civil de pares homossexuais, por exemplo, não está a cabo de partido A ou B, antes é um processo de agenda subsidiada por agências internacionais de lealdades supranacionais.

Aquele discurso doce do início só se mostrará amargo quando já for tarde demais para recusá-lo. 

sábado, 30 de agosto de 2014

Mais notas sobre o futuro

Deus já não é acessível ao Homem moderno. A significação dada pela doutrina bíblica para repetição dos “gestos” da natureza foi abandonada. Com isso, a repetição desses "gestos" sem um propósito à vista dos homens conduz a uma visão pessimista da existência.
O que é, afinal, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas se me perguntarem e eu quiser explicar o que ele é, já não sei. — Santo Agostinho
Santo Agostinho, por exemplo, considerava o tempo como cíclico, o qual alternaria-se para além dos movimentos da natureza planetária também entre o período profano e o sagrado.  Essa concepção  de tempo acompanhou o pensamento humano enquanto este via Deus como soberano nessa questão, "o futuro a Deus pertence" dizia o senso-comum.  Para o Homem neo-gnóstico, o Tempo cíclico torna-se insuportável na medida em que se revela como um círculo rodando indefinidamente sobre si.

A partir do movimento iluminista, o homem tenta "tomar as rédeas do seu próprio destino" compreendendo que o futuro não pertence a outro senão a ele mesmo. Dessa maneira, os movimentos que pregam a vinda de um reino de paz e harmonia ganham força quando o homem se vê como um empreendedor dessa realidade utópica.

A revelação progressiva defendida por Bahá'u'lláh assume a posição de crescente sagrado, ou seja, o amadurecimento espiritual da humanidade é algo dado com certo. Neste sentido, os homens que se acham representantes do seu tempo, em oposição ao retrógrados que se opõe (como os verdadeiros cristãos), são tomados como exemplos desse dito amadurecimento espiritual. Basta vermos os engajados em agendas das Nações Unidas,  considerados auxiliadores da causa divina.

sábado, 23 de agosto de 2014

Qual a importância do noticiário?

A mídia que acomodamos passivamente carrega consigo a intenção, mesmo que não clara para a maioria, de estar suprindo uma necessidade imprescindível na vida do cidadão. Não só informar, jornalistas treinados vão mastigar os acontecimentos e regurgitá-los às nossas bocas, como uma mamãe pássaro alimenta seus filhotes que ainda estão no ninho.

Vemos isso no fato de a presença do repórter se mostrar mais importante do que a própria notícia em si. Quando se inicia um conflito no Oriente médio, o repórter precisa viajar milhares de quilômetros até o local do confronto e, vestindo uma roupa protetora, dizer que uma bomba pode cair a qualquer momento em sua cabeça. Ao mostrar as famílias que sofreram perdas, o mais importante é a sensibilidade do repórter capturada pelas câmeras, em um exercício metalinguístico: o jornal que fala do seu repórter.


Ideias como a do físico Heisenberg nos afirma ser impossível observar um objeto sem interferir em tal. Noticiaristas deveriam dobrar o cuidado já que além de observar, eles têm de descrevê-lo. Não obstante dois sentidos tão naturais ao ser humano, visão e fala, jornalistas ainda querem se utilizar de um suposto sexto-sentido. Essa capa de super-jornalista é adquirida ainda nos estudos nas faculdades, as quais oferecem seus cursos com o marketing apontando seus futuros formandos como agentes de transformação social.


Mas ainda parece ser outra a necessidade a ser suprida: depois do estresse do dia, faz-se preciso excretar os resíduos psíquicos para uma renovação para o dia seguinte. Em contraste com as complexas explicações históricas para conflitos no Oriente Médio, parece que é nos acontecimentos mais corriqueiros da vida do cidadão comum que a mídia estará buscando o ápice da sua produção, de tal forma que a levará à exaustão. Paralelamente às super-câmeras que capitam o pingo do suor caindo do rosto cansado do jogador de futebol, vão ser as câmeras de segurança domésticas, as de celulares e até mesmo as de canetas espiãs de qualidade péssima que cumprirão o papel de remontar a realidade tal como ela é nas ruas em um show de sensacionalismo dramático.

Na volta do trabalho para a sua casa, o indivíduo precisa fechar o ciclo de sua rotina ao se projetar para o restante do mundo, visto através das lentes das câmeras. É dessa maneira que o suspeito de assassinado, diante do microfone do repórter, se tornará o elemento sacrificial, como no mecanismo do bode expiatório teorizado por René Girard [1], para restabelecer a ordem à sociedade.


Precisamos acabar com essa sensação dos noticiários serem parte indispensável da vida do cidadão. Primeiramente no âmbito individual, em seguida levantando discussões sobre a relevância do noticiado. A televisão precisa deixar de ser o banheiro do nosso psicológico.

Notas:
[1] O bode expiatório em René Girard: documento.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Desinformação: A Zueira Metalinguística


Esta foto acima é uma versão "zuada" da foto em que Dilma come um cachorro-quente em Osasco. A montagem foi feita por uma página humorística de Facebook da cidade, sem intenções políticas. Entretanto, a imagem acabou ganhando grande visibilidade devido aos compartilhamentos vindos de páginas "anti-petralhas".

A imagem não passava dúvidas de que era uma montagem e que não era sua intenção veicular um fato real.  Mas isso não impediu da mesma ganhar uma proporção que nem seus criadores imaginavam, e caminhar por discussões não pretendidas. É aqui que entra o conceito de "zuera metalinguística": Uma paródia que se baseia em outras anteriores, de tal forma que se perde a noção das características que formam uma paródia como a ironia e o humor.

No mesmo embalo da divulgação da dita imagem, uma nova página com o nome de "É mentira da Direita" foi criada com um caráter ambíguo: esta seria uma página de esquerdistas ou seriam direitistas parodiando o esquerdismo? A tal página sentiu a necessidade de fazer uma refutação à claríssima montagem de Dilma comendo um pombo.


Na refutação percebemos alguns elementos que são típicos (ou será que não?) da forçação da linguagem estereotipada. Expressões como "querida presidenta" e "num ato de humildade e complacência" evidenciam uma adoração exacerbada que não seria vista (ou será que sim?) em um texto sério. Outros trechos deixam escapar, ainda que de leve, o tom irônico, como em "uma grotesca montagem indicando que na verdade nossa presidenta estava comendo um pombo cru!". Se o pombo estivesse assado não teria problema?

Em cima desse fato, as páginas "anti-petralhas" citadas anteriormente ridicularizaram a ação "esquerdista" da página em provar uma coisa tão óbvia. Nesse momento vemos a paródia virar pastiche. Não perceberam que essa era uma página-paródia, e por quê? Por que imitava fielmente o estilo do parodiado? Ou por que imitava fielmente o modo como essa pessoa enxerga o estilo do parodiado?

Isso acaba criando ambientes em que pessoas debatem vorazes contra simulações de seus adversários. Um cenário autístico no qual a desinformação sofre um processo de retroalimentação até o ponto onde a simulação começa a dominar. 

Para que um texto não caia na confusão que virou as sátiras espalhadas pela internet, é necessário que este tenha um ponto claro de identificação de que seja uma ironia. Por exemplo: se eu digo "Eu apoio o movimento LGBT.", essa é uma afirmação que não dá para perceber um possível tom irônico, mas se eu digo "Eu apoio o movimento LGBTXPOW27." a pessoa identifica de cara que se trata de uma ironia já pelo deboche da sigla.

Pesquisas:
O caso:
O efeito metalinguístico na informação:
A perca da noção da sátira:

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

São também sete reis... Charadinha divina?

Terei de voltar no capítulo 17 do livro de apocalipse outra vez, pois as pessoas parecem que não sabem o que é uma revelação! Com isso estão brincando de adivinhação. O que normalmente tentam fazer é adivinhar quem será o oitavo rei a partir dos sete primeiros. Isso é impossível de se fazer, pois a revelação tem como base o próprio oitavo rei.
E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. Apocalipse 17:7
É importante lembrar que João viu a besta completa, ou seja, com as sete cabeças já formadas. Ele não viu cinco formadas uma mais ou menos e outra só o pescoço! Por isso, para entendermos o que são essas cabeças, elas precisariam estar todas já formadas e vista scom a besta do abismo. Essas cabeças não foram anexadas posteriormente à besta, ela subiu com as sete, é por isso que o anjo diz a João que mostraria o segredo da besta e não de suas cabeças por si só!
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá. Apocalipse 17:8
Como os habitantes da terra admirariam a besta? Do jeito que João viu, com as sete cabeças e os dez chifre. Admirariam as sete cabeças, pois viriam as sete cabeças e não uma só. Isso mostra que só é possível saber quem são as suas cabeças após o conhecimento de quem seja o oitavo rei e não contrário.
Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. Apocalipse 17:9
Agora o anjo partiu para uma análise mais detalhada da besta (os sete montes), pois João já havia visto a besta completa.
E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.

E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. Apocalipse 17:10-11
Um versículo para falar dos sete reis e outro especificamente para falar do oitavo. Diferentemente da marca da besta que é pedido para calcular, o oitavo rei não é pedido para ser decifrado, e hoje é isso que tentam fazer: diz-se que foram descobertos os primeiro reis e fazem especulações de quem seria o oitavo. Nós podemos ver no oitavo rei os sete reis anteriores, mas não podemos ver em um dos sete primeiros reis quem são os seus sucessores!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O significado da inversão dos polos

A inversão dos polos é um dos acontecimentos mais esperados pelo movimento New Age. É importante entender que o movimento Nova Era é uma transposição temporal do gnosticismo da antiguidade tardia, tal como é também a mentalidade revolucionária e as suas religiões políticas. Enquanto o primeiro é responsável pela harmonia das cabeças do sistema (as religiões e seus respectivos "reis"), o segundo ficará a cargo de dar poder ao corpo executivo mundial (os chifres).

É importante se atentar ao significado da aclamação new age da inversão dos polos magnéticos da terra para compreender, de ambas as vertentes do neo-gnosticismo mencionadas acima, duas características fundamentais: o determinismo e o relativismo moral.

O determinismo

A inversão dos polos magnéticos da terra assume uma posição determinista, pois até mesmo a vontade humana estárá submetida às leis da transição planetária, de tal forma que o comportamento humano estará totalmente modelado pelo acontecimento cósmico. Ou seja,  segunto tais ideias, deveríamos entender que é um acontecimento inevitável o fim da atual civilização, para que assim possamos abraçar o futuro glorioso da revelação divina de uma Nova Ordem Mundial.

O relativismo moral

Como seria este um período de transição, nenhum comportamento seria moralmente inaceitável. Por um lado, para o ser, teria de estar sob visão da "civilização arcaica", a qual deve ser superada; por outro lado, não o poderia ser pela "nova civilização", já que essa ainda não estaria plenamente fundamentada. 


Fontes:
A inversão geomagnética (Wikipédia)

As religiões New Age negam a lógica

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O sentimento oceânico no "templo de salomão"

Ao avistar aquele lugar, fiquei olhando admirada, por alguns minutos, e ali tive uma experiência com Deus
Sigmund Freud fez uso da expressão sentimento oceânico (veja mais a respeito aqui) ao querer referir-se à causa da religiosidade na sensação de infinitude sentida pelo ser humano. Em epígrafe está o depoimento de uma obreira da universal, postado no blog do bispo da dita congregação, no qual ela descreve uma experiência com Deus ao admirar o megatemplo.

É impossível que um alguém avalie a religiosidade de um outro alguém. Ninguém pode saber o que o outro sente dentro dos domínios religiosos. Mas o que me chama a atenção é o fato de estarmos falando de uma obra feita por mãos de homens.
E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração. Apocalipse 17:6

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A maior fome da Terra

Não só de pão vive o homemmas de toda Palavra de DEUS. Mateus 4,4
Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DeusMas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles, E as suas palavras até aos confins do mundo. Romanos 10:16-18
Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Lucas 18:8 b 
E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus 24:14 
E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. Mateus 25:5-9
Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e luz para os meus caminhos. Salmo 119:105 
Porque o SENHOR teu Deus te põe numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, e de mananciais, que saem dos vales e das montanhas; Terra de trigo e cevada, e de vides e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel. Deuteronômio 8:7-8 
E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho. Apocalipse 6:6
Onde podemos comprar azeite hoje? Onde hão de nos vender? Onde podemos ouvir a palavra de DEUS? Onde está sendo pregado o Reino de DEUS? O Reino que DEUS nos deu, hoje está escasso! Não há mais onde podemos nos alimentar, o alimento que é a palavra de DEUS!

Estamos em um tempo que não aguentamos mais ouvir qualquer um falar da bíblia... Sempre a mesma baboseira gospel sendo pregada... DEUS nos deu um bom reino, uma boa terra, mas hoje é difícil conseguimos ter aquilo que era nosso por direito. Se acaso temos pouco azeite, hoje é difícil de repô-lo, pois já não se acha mais quem o venda.
Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor, mas não a acharão. Naquele dia as virgens formosas e os jovens desmaiarão de sede. Amós 8:11-13

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O sintoma do discurso antitético quanto ao futuro

Após o fiasco da seleção brasileira de futebol na sua segunda copa do mundo em casa, a mídia parece está certa de qual a solução a ser tomada para que se melhore o desempenho da equipe. Na verdade, na verdade, ela não sabe. Num dado momento fala-se de atraso ante à modernidade do futebol, em outro momento estão certos de que é preciso voltar às origens do futebol.

É claro que o futebol não nos interessa aqui, mas é importante se atentar para esse sintoma antitético da mídia, engrossado com uma característica positivista do empobrecimento da realidade. Essa característica mutila a possibilidade.

Dentro de um jogo encontramos três elementos básicos que o compõe: a facticidade (as regras do jogo), a consciência (a capacidade do jogador) e a possibilidade (que surge quando a consciência lida com as regras do jogo). Um atacante (consciência) na área, por exemplo, é uma possibilidade de gol, desde que não esteja em situação de impedimento (facticidade das regras).

A possibilidade significa que o gol pode acontecer ou não. A mídia positivista tenta neutralizar os elementos do jogo numa tentativa de racionalizar a eliminação e entra na exaltação de um determinismo fatalístico: Se em 2010 a seleção foi eliminada pela perda da velha maneira de jogar brasileira, a qual pôde ser vista no jogo das seleções européias, em 2014 a seleção foi eliminada pela velha maneira de jogar, que foi um atraso em relação ao modernismo do futebol europeu. Ironicamente a ordem e progresso ficou a cabo da seleção alemã, com a ordem do incansavelmente repetido pela mídia "jogo coletivo" e o progresso tecnológico com direito a software exclusivo para a copa.


Esse jogo antitético moderno x antigo não é de exclusividade da mídia esportiva, mas é um sintoma do homem pós-moderno oriundo do modo como a mentalidade revolucionária lida quanto à perfeição. Se sairmos do jogo de futebol e formos para a "realidade do mundo", vamos ver que esse sintoma é o mesmo quando se trata não mais da "seleção que queremos" mas do "mundo que queremos". Por um lado se quer um mundo novo, moderno,  uma realidade nunca antes atingida pela humanidade, mas por outro lado se quer um retorno aos grandes tempos do passado, a uma realidade anterior.

O desejo de retorno às origens pelo movimento revolucionário é chamado ― pela terminologia de Roger Griffin de palingênica (palin + genesis, retorno à origem), dentro das igrejas pode ser visto em pregações de preletores como Benny Hinn e Myles Muroe através do "plano de Deus" findando em um reino milenarista (reconstrução do Éden). Do outro lado, o filósofo Eric Voegelin usava o termo fé metastática para designar a crença na transformação da estrutura da realidade em uma nova e inédita, tal como acredita a Teologia da Missão Integral com a "doutrina da pedra".

Fontes:
http://espectivas.wordpress.com/2011/04/01/leibniz-e-a-quantica/#more-27499
http://cinegnose.blogspot.com.br/2014/07/midia-esportiva-sofre-de-transtorno.html
http://espectivas.wordpress.com/2012/10/17/carlos-fiolhais-e-bem-vindo-a-realidade-complexa/#more-51881

sábado, 12 de julho de 2014

Livro faz sucesso com conto de fadas "homo afetivo"


A infância institucionalizada tal como a conhecemos hoje é um produto recente, afirmam especialistas, somente veio a existir a partir do século XVIII, no início da Idade Moderna. E foi só a partir disso que a literatura infantil pôde nascer. Os contos vulgares ganhavam nova roupagem de acordo com uma visão burguesa nascente.



Sucesso de livro com conto de fadas gay irrita cristãos


"Os Príncipes e o Tesouro"















O professor universitário Jeffrey A.Miles, lançou o que pode ser considerado o primeiro livro de “conto de fadas gay” a fazer sucesso no mundo.

Jeffrey A. Miles é homossexual e conta que, quando era criança, sempre ficava triste ao perceber que o príncipe só se apaixonava pela princesa. “Histórias como aquelas não se encaixavam com a minha vida e eu me entristecia, porque nunca aconteceria algo assim comigo”, explica.

(Daqui)



Os contos foram aproveitados para que se veiculasse por meio deles um modelo de comportamento. Essa nascente mentalidade burguesa era um tipo de politicamente correto da época. Hoje, o politicamente correto preponderante é produto do marxismo cultural, que ironicamente se originou nas críticas feitas ao modelo burguês. Essa é a chave para entender os polos '6' e '9' da Nova Ordem Mundial: Os meios usados por aqueles que querem o poderio global acabam sendo idênticos, uns porém são tidos como mais corretos que outros. Nesse caso, trata-se de tendenciar o pensamento de uma geração, e aqueles que criticam um modo de agir terminam agindo da mesma maneira.

sábado, 5 de julho de 2014

Pastores se manifestam favoravelmente à ditadura petista


Numa campanha de pressão sobre os deputados e senadores, cada um deles recebeu, nesta primeira semana de julho de 2014, um email contendo manifesto assinado por diversos pastores e líderes evangélicos conhecidos. O manifesto, que tem a intenção de representar a vontade da maioria dos evangélicos do Brasil, dá apoio total ao Decreto 8.243/2014, assinado pela presidente Dilma Rousseff e que foi classificado pelo colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo como um golpe que extingue a democracia no Brasil.
Daqui 
Quem encabeça a lista é o pastor ― simpatizante de Hugo Chávez   Ariovaldo Ramos, uma das principais figuras da Teologia da Missão Integral. Apesar da maioria das criticas feitas à TMI serem quanto a uma tendência socialista da mesma, essa percepção é superficial e produto da guerra dialética rumo a implantação da ordem mundial do cristo cósmico Baha'u'llah.

A TMI não defende abertamente a implantação de uma ordem socialista ou comunista,  apesar do texto em epígrafe do blogueiro Júlio Severo. Entretanto, vejamos como o seu discurso se aproxima de uma visão favorável ao modelo bahaísta:
A ênfase da reflexão da TMI, sobre a prática da Igreja, voltada para o cotidiano, parte da proposição do Prof Padilla (...) A proposição de Padilla se sustenta na declaração do Senhor Jesus, de que o Evangelho é do Reino (Mt 24.14; Lc 4.43), portanto, tendo como conteúdo as boas notícias da chegada de uma nova ordem mundial (Dn 2.44), manifesta pela Igreja, porém, só implantada na volta visível e triunfal do Cristo. Ariovaldo Ramos, Blog
Segundo Ariovaldo, essa "nova ordem mundial" não é nem capitalista, nem comunista, mas é um resultado de uma intervenção transcendental de Deus, justificada pela passagem de Daniel em que uma pedra é jogada sem o auxílio de mãos à Estátua do sonho de Nabucodonosor: se opõe ao sistema vigente, que se opõe ao sistema capitalista e ao sistema soviético. É um outro sistema que vem não para estar ao lado dos sistemas em pauta, mas para substituí-los, para erradicá-los, escreveu Ariovaldo.

Uma nova realidade para a humanidade revelada progressivamente findada com a ação sobrenatural de justificação divina. Isso resume as visões da fé baha'i e da Teologia da Missão Integral para o plano do reino de deus terreno.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Nasce uma novilha vermelha

A poucos dias escrevi um artigo que abordava a importância do pensamento na Nova Ordem Mundial. Ao final deste, eu cito o filme Branded para ilustrar o modo como as "forças" liberadas através da propaganda em prol da nova ordem mundial atuam na mente do cidadão global.

No filme, o personagem principal, Misha, é um expert em publicidade que acaba sendo vítima de uma conspiração de empresas de fast food que desejavam alterar o padrão de beleza, do magro para o gordo, para alavancar as suas vendas. Depois de ser preso e solto, Misha acaba criador de gado longe da cidade e só retorna após o ritual de purificação pelas cinzas da novilha vermelha.

E essa semana...

Nasce Novilha Vermelha que pode ser cumprimento de profecia




O nascimento de uma novilha vermelha nos EUA está criando grande agitação entre os que esperam para breve a construção do Terceiro Templo. Segundo autoridades judaicas, nenhuma novilha vermelha sem defeitos nasceu em Israel desde a Queda de Jerusalém, em 70 d.C.


Para os estudiosos, o ressurgimento de uma novilha que segue o padrão estabelecido pelo Livro de Levítico é um sinal da iminente vinda do Messias e o restabelecimento do Templo com seu sistema de sacrifícios. Em Números, capítulo 19, as cinzas desse animal raro são usadas para o ritual de purificação essencial antes de adoração promovida pelos sacerdotes. (Matéria completa)

A nossa novilha vermelha perfeita foi, é e será eternamente Cristo Jesus. Ele é quem nos purifica de todo pecado. Não é a primeira vez que criam uma expectativa em torno do nascimento de uma novilha vermelha e de uma possível reconstrução do terceiro templo. Por isso não serei eu que vou atribuir algum valor a esse acontecimento. Entretanto, este fato me chamou atenção para o significado do protagonista do dito filme. Misha é uma representação (voluntariamente ou não) do executivo mundial (vulgo anticristo): 

Uma vítima de conspiração, as empresas de fast-food representam o estado bruto da nova ordem mundial (666) tal como a propaganda iluminista;

Afastado para conhecer o seu deus. O eremita é o nono Arcano maior do tarô, uma carta que simboliza o isolamento, restrição, afastamento. O peregrino precisa passar pelos quatro vales para conhecer o seu deus das forças.

Purificado para poder reverter as ações praticadas pela velha ordem. Entretanto, usa os mesmos meios do primeiro. No filme, o protagonista acaba repetindo as mesmas palavras daqueles que queria destruir, só que desta vez usando o marketing para exaltar a comida vegetariana.

Os meios usados por aqueles que querem o poderio global acabam sendo idênticos, uns porém são tidos como mais corretos que outros (exemplo do filme: comida vegetariana 999, fast food 666).

quarta-feira, 25 de junho de 2014

O perigo da "iminência"


É muito comum ao se abordar a escatologia o interlocutor assumir uma postura favorável quanto a uma "iminência". Essa é a mesma postura que encontramos na mentalidade revolucionária, a qual está se encarregando de moldar a opinião pública para que esta dê legitimidade à ação do corpo executivo mundial. E essa postura escatológica fatidicamente adota uma visão milenarista do Reino de Deus, pois essa "iminência" é em relação a uma nova etapa da humanidade, à chegada de uma era que substitua por completo a atual.

Por se adotar uma visão de iminência cai-se em outros dois aspectos: (1) o determinista e o (2) imanentista.

(1) Quando se assume uma ideia determinista de que o "Reino de Deus" está por vir, qualquer coisa que se esteja por vir assumirá o papel desse tal reino.

(2) Como é determinista, a ideia pela qual afirma que "o futuro a Deus pertence" é perdida, fazendo com que a noção de futuro se ache estreitamente dentro de uma esfera imanente ao homem.


Muita gente incube a si próprio a responsabilidade da vinda de Cristo e do seu "reino na terra", a isso chamamos de tentar imanentizar o eschaton, tal como acontece nas religiões políticas que tentam fazer da terra um paraíso de justiça, segundo a sua visão do que seja isto.

Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. 2 Pedro 3:12-13