terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Primeiro como tragédia, depois como corrente de Facebook

Uma das principais característica da mentalidade revolucionária, como já expliquei aqui, é o seu caráter teleológico, o deslumbramento da finalidade da ação, quer dizer, para a mentalidade revolucionária o objetivo é tudo. Nesse sentido, o meio, ainda que falseado, é fortemente cobiçado quando tem a oportunidade de produzir efeitos desejáveis, ou seja, quando o fim é alcançado, o meio cumpriu o seu papel.

Essa lógica é aplicada desde os genocídios comunistas às correntes de Facebook

Às 14h27, Leilane Neubarth noticiou – como se fosse real – um “protesto sensacional e silencioso” repercutido no Facebook durante o fim de semana.
Para dramatizar a aventura dos passageiros do metrô que cruzaram as pernas em solidariedade a uma criança oprimida pelo pai, a experiente jornalista fez uma leitura dramatizada, acompanhada pelo GC “Menino descruza as pernas após bronca e recebe a solidariedade de outros passageiros do vagão”. Só foi avisada do erro de sua produção minutos depois, quando o Twitter explodia. 
(Daqui
A produção de histórias de efeito, sobre casos reais ou inventados, naturais ou artificiais, são "meios" que produzem efeitos, o "fim", como a produção de debates e a promoção de uma ideia ou movimento, como nos casos de supostos ataques racistas quando surgiram diversos discursos de insatisfação. Depois, ao descobrirem que tudo não passa de um fato hipotético, sem perderem a pose, proferem: "o importante é o debate que foi levantado".

sábado, 31 de outubro de 2015

A Carta Capital e a sua cultura do estupro

Valentina foi escolhida para participar do MasterChef Júnior junto com diversas outras crianças, meninos e meninas. O que separa Valentina de todas as outras crianças, por enquanto, não é seu talento na cozinha, mas a cultura do estupro que permite que homens adultos falem por aí como poderiam estuprar a garota
Vamos deixar algo claro desde o começo: qualquer tipo de relação de natureza sexual com uma criança é estupro. Uma criança nunca pode ter uma relação sexual consensual porque ela é criança e não pode tomar esse tipo de decisão. Por lei. 

Vamos dar o nome certo às coisas. Aqui não estamos falando de pedofilia, que é uma doença que pode ser tratada antes que a pessoa cometa qualquer crime.  
(Daqui
A imprensa esquerdista quer falar de desejo sexual por crianças sem falar em pedofilia. Talvez por esse não ter se mostrado um desejo legítimo, mas uma "construção social" advinda de uma certa "cultura do estupro". A Carta Capital ignora a grande quantidade de pessoas no mesmo Twitter que se mostraram repulsivas quanto a sexualização infantil, preferindo apoiar-se em alguns comentários aleatórios para ilustrar uma possível "cultura do estupro". Ainda por cima afirma que nenhum desses homens que comentaram sobre a Masterchef é doente (portador de parafilia). Mas com base em quê se afirma isso? Há algum laudo que sustente essa ideia?

Afirma ainda que, por lei, uma criança nunca pode ter uma relação sexual consentida. Ou seja, não pode porque a lei não permite. Mas as leis mudam, basta que haja um movimento ativista agindo como grupo de pressão. A pergunta é: Existe uma ação orientada de um grupo de pressão no sentido de legalização da pedofilia? A Resposta é: Sim.
...Quando um adulto sente desejo por uma criança é ele o culpado por ir contra uma norma social que protege a infância, a integridade e o corpo de uma incapaz (de acordo com a lei).
O princípio ético, que forma a norma social, tem que existir antes da lei, ou seja, o princípio ético tem que ser interiorizado. A lei e o Direito Positivo não substituem a sensibilidade ética que só é adquirível por intermédio da educação desde tenra idade. Se temos uma "norma social" que é anterior á lei (o Direito Positivo), não faz sentido apoiar um discurso com base nesta em detrimento daquela.

sábado, 5 de setembro de 2015

A cidadania global em curso

Nunca esteve tão grande o número de pessoas fugindo ou buscando uma nova vida longe do seu país. Isso não é e nem pode ter sido um fenômeno espontâneo. O crescimento do número de refugiados e imigrantes acelera o multiculturalismo, dilui as soberanias locais e trabalha a noção de "cidadão do mundo".
“As vantagens políticas e económicas que levam as pessoas a procurar asilo na Europa são o resultado da jurisdição territorial. As jurisdições territoriais só podem sobreviver se as fronteiras forem controladas. A civilização Ocidental depende da ideia de “cidadania” que não é global, mas antes é radicada na jurisdição territorial e lealdade nacional”.
— Roger Scruton, “The West and the Rest”

O que leva um muçulmano a passar por países como Grécia, Macedônia, Sérvia, Hungria e não querer ficar nesses países, mas seguir para a Alemanha, só pode ser explicado se tivermos em mente uma jurisdição local pela qual se fará um julgamento: "qual país é melhor para mim?". Se se abandona a noção de fronteira a jurisdição local é arruinada. Portanto não faz sentido falar em dissolução (ou abertura) das fronteiras devido a um grande fluxo de imigrantes, quando esse fenômeno só testifica a funcionalidade da jurisdição local, mas é isso que tem sido feito. Ignora-se a lógica quando esta vai contra o reino de Abhá. 



sábado, 29 de agosto de 2015

As Forças Globalistas

Há dois anos escrevi uma postagem em que eu admitia não entender bem a relação entre as ações da Rússia e o cenário de Nova Ordem Mundial. Hoje, as coisas parecem estar mais claras e, por isso, decidi voltar a esse assunto.

Vemos o agir paralelo de pelo menos duas forças globalistas: a plutocracia internacional e o internacionalismo socialista (deixemos a irmandade muçulmana de fora por agora). O primeiro age, principalmente, por meio das mídias e o segundo por meio da força do Estado.

O Brasil é um exemplo de como essas duas forças agem sem uma hegemonia clara, pois nem a mídia está apartada do Estado e nem o Estado tem a força (armada) de repressão que tem, por exemplo, a Venezuela. Este, assim como a Coréia do Norte ou a China, tem uma mídia mais fechada á tendencia globalista, que é por onde se entra a agenda gayzista ou feminista, ou seja, os países mais fechados (e aqui entra a Rússia) são, aparentemente, mais resistentes ás agendas financiadas pela elite globalista porque suas mídias são controladas.

O poder do internacionalismo socialista avança por meio das parcerias (como o Foro de São Paulo) entre os governos da velha esquerda. Velha esquerda porque países como Cuba tiveram suas revoluções influenciadas diretamente pelo leninismo, da corrente do marxismo oriental, enquanto a nova esquerda, ocidental, incorporou as "novidades revolucionárias" provenientes dos teóricos da Escola de Frankfurt, como Marcuse, que acreditava que a nova força revolucionária não estava no operário, mas no produto da revolução sexual da década de sessenta, os movimentos de contra-cultura e as revoltas raciais, que são a base das agendas globalistas atualmente.

A razão de, por exemplo, o regime da Coreia do Norte permanecer intocável até hoje, é por obedecer a uma das premissas da nova ordem: a repressão brutal do Estado. O que se pretende é que a Coreia do Norte se converta à uma democracia (sem perder a força de repressão do Estado) para que globalização midiática assuma o encargo de persuadir as massas ao reconhecimento da era do cristo cósmico.

Um fenômeno idêntico tem se passado com Cuba e a sua "abertura política" com o Estados Unidos, que são o inverso desses estados de força bruta (para com a sua própria população). No entanto, a mídia americana — que é, ao mesmo tempo, anti-americana — exerce fortemente o poder da plutocracia internacional sobre a sua população.

Em suma, as ações globalistas têm hoje tentando harmonizar esses fatores. Isso explica, por exemplo, o fato de a esquerda brasileira abraçar as mesmas causas dos liberais americanos, comemorar as suas conquistas e ainda ter os EUA como o grande Satã.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A Negação da Linguagem (2)

A pesquisadora do IPÊ Patrícia Medici e o veterinário e ilustrador Ronald Rosa lançaram em Janeiro um movimento em favor de animais que sofrem por terem seus nomes utilizados pelas pessoas de forma negativa. A ideia teve origem no trabalho educativo da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, coordenada pela pesquisadora, que, dentre várias ações, busca conscientizar a população sobre a importância da espécie e desmistificar a ideia de que "anta" significa um ser sem inteligência. (Daqui)
Ainda no assunto da linguagem, trago esse caso do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), no qual pretende-se "desmistificar" as imagens negativas de alguns animais. O intuito alegado é "rebater" o costume brasileiro de utilizar "anta" como forma de insulto, mas o que se está a "rebater", na verdade, é a linguagem que prevalece em toda a cultura ocidental. Explico.

Mas antes que você vá pensando que uma campanha como essa tenha surgido da espontaneidade, leia este artigo de Olavo de Carvalho.

Voltemos ao caso. 

Na frase: “O porco merece esse nome porque é um animal sujo.” Temos como significante o substantivo “porco” e como significado “animal sujo”.

Partindo então do princípio do linguista Ferdinand de Saussure, segundo o qual afirma que os sons que compõem uma palavra são totalmente arbitrários e nada têm a ver com o significado, o substantivo “porco” é uma palavra convencionada, e em vez de “porco” poderíamos chamar de “geladeira” ou “matemática”, ou outro nome qualquer. Contudo, a palavra “porco” acaba designando não só o animal como também a sua característica de ser um animal sujo, tudo isso devido a uma escrita fonética (que prevalece em toda a cultura ocidental) que nos induz uma imagem mental.

Quando usamos "porco" no sentido "negativo" é porque o substantivo “porco” passou a ser um adjetivo que existe em função de uma realidade que é a de que o porco é, normalmente em seu chiqueiro, porco (sujo). O que se está pedindo é que ignoremos a realidade e digamos que o porco é limpo (Ah! Mas há porquinhos que vivem asseados). Essa campanha (que parece ter Derrida como padrinho) pode chegar a conclusão de que o simples fato de dizermos que o porco é porco é resultado de uma “dominação” do significado em relação ao significante, o que é resultado de uma a escrita fonética presente na linguagem de toda a cultura ocidental e não somente "no costume brasileiro". Podemos retirar daqui a conclusão de que existe uma “linguagem de dominação” sobre o coitado do porco, da anta (se bem que há sim, quando chamam de anta a Dilma), do burro, da baleia. Se essa lógica pode ser utilizada com os bichos, imagine o que ela não pode fazer com "questões complexas da vida humana", como os intelectuais dos movimentos revolucionários gostam de falar.

Esta postagem foi elaborada a partir deste artigo do blogue Perspectivas.

domingo, 19 de julho de 2015

A Negação da Linguagem

Antes de entender como a linguagem tem sido tratada em nosso tempo pela elite de intelectuais neognósticos, a fim de avançar a agenda da Nova Ordem Mundial, é preciso que entendamos o avanço desse pensamento, por sua natureza anti-cristã, desde as heresias gnósticas dos primeiros séculos depois de Cristo.

A escola gnóstica de Basílides pregava uma negação da linguagem, pois ela seria insuficiente para o alcance da salvação, já que a linguagem sendo produto da experiencia de uma realidade cósmica ilusória era ela também ilusória e, portanto, instrumento de dominação de um demiurgo (ou Arconte). A saída, segundo o que se receitava aos iniciados, era a negação da linguagem a partir de um estado de suspensão. Para Basílides, o Absoluto é o Não-Ser, pois ele não pensa ou percebe nada, fica além do pensamento discursivo.

O movimento revolucionário moderno parte do mesmo principio de negação da realidade. A linguagem não escapa: é mais um mecanismo de reprodução das relações de dominação. No lugar do demiurgo estão as tradições, os costumes, as especificações de gênero, a cultura judaico-cristã etc. Mas se os gnósticos antigos buscavam um escape da linguagem, através do silencio absoluto por exemplo, o movimento revolucionário moderno não se cala, mas busca a conversão da linguagem da dominação para a linguagem da inclusão.
Movimente Revolucionárie luta por ume linguagem mais inclusiva, para que todes possam ser respeitades.
Podemos resumir esse raciocínio da seguinte forma: 

1. os gnósticos antigos negavam totalmente a 'realidade' da linguagem e procuravam escapar para o 'além', através de um estado de suspensão;

2. os gnósticos modernos negam a 'realidade' da linguagem e tentam impor sobre ela a ordem do 'além' (por uma critica destrutiva da sociedade) em uma 'realidade transformada'.

Por "ordem do além" entenda-se o mundo paralelo inventado pelos ideólogos e entendido como o produto da ação revolucionária: o "mundo melhor", a "reconstrução do paraíso", "o reino de deus na terra", a "plenitude dos tempos" etc. 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Dos próximos passos da diversidade

O movimento gay já parece estar bem encaminhado, ainda mais agora com a Suprema Corte estadunidense aprovando a "união homoafetiva" em todo seu território e a comemoração mundial colorida via facebook. Agora é hora das asas da liberdade e da diversidade alcançar voos maiores.

Antes da homossexualidade ganhar ativismo científico, em questões como a origem genética por exemplo, clamava-se por uma discutibilidade do assunto. Quanto a isso ainda vale lembrar daquelas etapas para mudança de comportamento já tão discutida e normatizada que ela mesmo serve de exemplo para si.
University Academics Say Pedophilia Is ‘Natural, And Normal For Males To Be Aroused By Children’
Um primo do movimento homossexual (falo do movimento e não da "orientação") é o movimento pedófilo, ambos foram impulsionados pela tal revolução sexual da década de sessenta, porém com maior sucesso do primeiro.

Nesse sentido, aqueles que defendem a discutibilidade não pretendem tomar partido, pelo menos não de forma ríspida. Até pela questão da primeira negação do público, o debate inaugural é predominantemente o do rechaçamento. Como podemos ver por exemplo neste link. O caráter plastificado dessa experiencia é mais uma pista da ideia de que "a discussão é que importa".

O politicamente correto só chega a uma conclusão: este post também entra no ciclo de discussão e acaba ajudando para que a legalização da pedofilia ocorra mais rápido, já começando a vê-la como inevitável. Acontece que devemos saber diferença entre a discussão acerca da pedofilia (e sua possível normatividade) com a denúncia pública.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Traduzindo os princípios da Nova Ordem Mundial - Parte 3

Educação Universal Compulsória - Educação Revolucionária

Um dos alicerces da Nova Ordem Mundial concebida por Baha'u'llah (e posteriormente por 'Abdu'l-Bahá e Shogi Effendi) é a sua economia divina. Uma economia que una a todos do mundo não apenas material, mas espiritualmente. Para que isso venha a acontecer é necessário um grau de integração entre os povos muito grande, grau este que ainda não foi alcançado. E para alcançá-lo é antes preciso que a ideia de uma consciência coletiva, em nome da unicidade, seja partilhada por todo o mundo.

Para que isso venha a acontecer é preciso uma mudança estrutural na mente do cidadão global. Tal mudança deve acontecer por meio de uma educação que permita uma revolução psicológica. Essa educação pretende emancipar o homem das tradições, dos regionalismos, das autoridades (como a da família e a religião) e de tudo aquilo que ilude-o a pensar em uma consciência individual e impede-o de alcançar a unicidade.

A Unesco publicou, ainda em 1964, um trabalho: "A modificação das atitudes". A linguagem é aquela já conhecida para quem acompanha o blogue.
A Unesco, que persevera na sua ação em favor dos direitos do homem e que, ainda, participa com trabalhos científicos na luta contra o preconceito e a discriminação, já há tempos considera a importância que tem o estudo da modificação das atitudes para as atividades educativas que visem a combater todas as formas de discriminação.
Parte 2
Parte 1 

Referencias:
Krishnamurti e a revolução psicológica
Maquiavel Pedagogo ou o ministério da reforma psicológica 

sábado, 13 de junho de 2015

Guerra não é genocídio

Foi-lhe concedido também poder para guerrear contra os santos e vencê-los. E recebeu autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. Apocalipse 13:7
Uma das frentes do exercito de implantação da Ordem Mundial do cristo cósmico é o movimento gayzista. E é justamente com este que parece ficar mais claro a tentativa globalista de minar o cristianismo. Não pretendo me alongar nesse assunto, deixo alguns links de postagens anteriores que o tratam: A guerra aos santos; A aclamação do Falso Profeta; A morte dos santos; As lealdades supranacionais.

De vez em quando citamos os tempos dos apóstolos como exemplo de perseguição e vitória do evangelho. De fato, o movimento revolucionário moderno tem as mesmas bases que a elite judaica possuía no tempo dos apóstolos: uma certeza de um futuro material e temporal glorioso. Mesmo com a diáspora judaica e o principio de consolidação do Cristianismo em Roma, o gnosticismo tentava entrar no pensamento da Igreja, assim como a expressão moderna do gnosticismo da antiguidade tardia, que se encontra nas elites intelectuais do movimento revolucionário, tentam "humanizar", "atualizar" ou "otimizar" o cristianismo.

Acontece que hoje existe algo que não existia na Roma antiga: um Estado. Por isso, não dá para que nos lembremos de Paulo e outros como exemplo de vitória na "perseguição mais implacável do que hoje" e continuarmos nossa vida administrada pelo Estado, como se nada viesse a afetar nossa vida privada e, assim, o nosso culto. Verdade é que ainda que existisse um bilhão de ativistas LGBT encenando uma morte na cruz, não se abalaria o cristianismo genuíno. Mas ainda haverão diversas áreas públicas nas quais teremos que "esquecer que somos cristãos por um minutinho".

Em suma, sabendo que 1) nossa luta não é contra o sangue ou contra a carne; 2) em Cristo somos mais que vencedores; 3) é mister que essas coisas aconteçam; devemos lembrar que uma guerra é diferente de um genocídio.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Usar azul pode ofender quem estiver de verde

Deve ser idolatrado por crianças palestinas, africanas, asiáticas, árabes, eslavas, por ortodoxas, judias, muçulmanas, budistas, agnósticas (32,2% da China), xintoísta, hinduístas (mais de 1 bilhão).
Mas decidiu homenagear apenas um grupo religioso, na sua grande conquista (o único jogador do time com uma faixa no cabelo): 100% JESUS
(Daqui)
O jogador de futebol Neymar, após conquistar um título, comemorou utilizando uma faixa rodeando a cabeça na altura da testa com os dizeres: "100% JESUS". Para Rubens Paiva, do Estadão, que se diz de ambos (Neymar e Jesus), isso foi um equívoco, pois, assim, o jogador prestou homenagem a "apenas um grupo religioso", em detrimento dos inúmeros outros.

Para Rubens Paiva, Jesus é só a marca que define um grupo religioso. Não passou-lhe pela cabeça que Neymar poderia estar prestando homenagem ao próprio Jesus, não, mas a "um grupo religioso", que não pode receber mais atenção que os inúmeros outros. 

Porque é chegado o momento em que temos que nos despir, literalmente  na França, o quipá de judeus, a cruz de cristãos, o véu de muçulmanas são proibidos aos alunos nas escolas  para não ferirmos a liberdade do próximo. Mesmo que esse "próximo" não o tenha reivindicado, haverá sempre aquele representante de toda a massa ferida. Mesmo que nenhum dentre o bilhão de hinduístas que são fãs de Neymar tenha se ofendido com o "Jesus", haverá sempre um Rubens Paiva que falará por eles.

Quem sabe se existisse algum símbolo que pudesse representar o budista, o judeu, o palestino, e o grupo religioso de Neymar, todos ao mesmo tempo, teríamos uma sociedade mais justa. Alguém teria alguma sugestão?

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A identificação do transgressor na Nova Ordem Mundial (2)

Uma campanha publicitária em Hong Kong quis mostrar a face dos inimigos da Terra. Nomeada de The Face of Litter (clique aqui e veja o vídeo), o projeto consistiu em uma reconstrução facial dos "poluidores" através do DNA deixado nos detritos. Esses rostos foram expostos como 'culpados', não houve inquérito, não houve julgamento, senão o cientificista do software.

Vejamos o raciocínio da campanha:

A poluição das ruas é uma epidemia em Hong Kong.

A ciência pode ajudar a prevenir essa conduta? 

Essa mesma lógica foi o raciocínio fundante da criminologia positivista de Lombroso, Garofalo e Ferri do final do século XIX e início do XX. Lombroso tratou de mostrar a face do criminoso, em contato com penitenciários ele quis, através de um estudo científico, mostrar quais as características físico-anatômicas do homem delinquente. Garofalo rejeitou a discussão em uma procedimentalidade judicial, se tem seu DNA no cigarro abandonado é porque você o fumou e o jogou deliberadamente na rua, ou seja, culpado. Ferri exaltou um esforço científico experimental para a prevenção da conduta criminal.

A máxima cientificista é a de que "a ciência resolve todos os problemas da humanidade", mesmo os de cunho social. Se o planeta está doente, pensam os cientistas, cabe à ciência encontrar o seu mal e curá-lo.

Embora possa parecer apenas uma campanha publicitária, esta reflete o pensamento ideológico do ambientalismo da Nova Ordem Mundial na busca pela eliminação "daqueles que ferem a Terra". A liberdade do cidadão geral vai sendo restringida — o que autoriza a manipulação do meu DNA?  até a instauração de uma sociedade orweliana, onde há vigilância não só na lente da câmera, mas também na lente do microscópio.

E aqui no Brasil? No Brasil,  a lei nº  12654 de 2012 sancionada pela presidente Dilma Rousseff autoriza que a identificação criminal possa incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético, para que sejam armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. Mas nós não devemos nos preocupar, não é? Já que isso só vale para criminosos... 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O cientismo das "pesquisas científicas"

Pessoas que hasteiam a bandeira progressista da "evolução do pensamento" têm lançado mão de uma pesquisa que aponta pessoas "retrógradas" como aquelas de baixa inteligência. Baseado no cientismo das "pesquisas científicas", vemos o darwinismo social de esquerda ganhar força ainda no século XXI.
Estudos desenvolvidos no Canadá denunciaram o fato e mostraram que os conservadores levavam a pior na hora de demonstrar o grau de inteligência. Preconceituoso tem sim QI inferior a de pessoas não preconceituosas (daqui).
Essas pessoas condenam, por exemplo, o Nazismo, ao passo que abraça as ideias pelas quais este surgiu. O ideal nazista de uma raça superior tem suas origens no darwinismo social do século XIX e na eugenia. Francis Galton, aquele que criou o termo, propôs testes de inteligencias para selecionar os sujeitos aptos para a reprodução seletiva. Enganam-se, porém, aqueles que pensam que a eugenia se preocupa somente com as características físicas, ao contrário é: o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.

Além disso, os testes de QI têm se tornado obsoletos a partir da década de 1980 (a pesquisa tem inicio nos anos de 1958 - 1970), já que apontam apenas níveis de inteligência lógico-matemática, enquanto há outros tipos de inteligência (musical, linguística, etc).

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A identificação do transgressor na Nova Ordem Mundial

A presidente Dilma Rousseff anuncia uma proposta, da parte do TSE, de criação de Registro Civil Nacional, um documento de identificação com chip que uniria em um só todas as informações hoje fragmentadas em outros documentos. Dias depois, é anunciada uma iniciativa de coibição de crimes de descriminação na internet, o Humaniza Redes. Dois eventos aparentemente distintos revelam, na verdade, um sincronismo.

A logomarca do Humaniza Redes é composta de duas impressões digitais formando a simbologia do coração. A logo, que foi retirada de um banco de imagens da internet, faz lembrar as palavras da presidente ao citar a Justiça Eleitoral e o cadastramento biométrico como medida positiva de segurança de identificação (veja o vídeo). A ideia do TSE consiste em um projeto de "cadastramento e a identificação de cada um de nós [brasileiros] com um [único] documento".

O Humaniza Redes é coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Uma das medidas visadas por esta Secretaria é desafogar as penitenciárias, portanto o projeto não pretende "prender opositores", pelo menos não em prisões físicas. Tem sido feito um esforço para que se criem "novas medidas de controle" que não o encarceramento.  

Vemos no artigo 45 do Kitab-i-aqdas os seguintes escritos: "Exílio e aprisionamento são decretados para o ladrão e, no terceiro delito, colocai-lhe uma marca na fronte, para que assim identificado não seja aceito nas cidades de Deus e em Seus países.

Ainda nessa edição do kitab-i-aqdas há uma nota explicativa: 
A marca a ser colocada na testa do ladrão serve para que os demais sejam advertidos de suas tendências. Todos os detalhes a respeito da natureza da marca, de como deve ser aplicada, por quanto tempo deve ser usada, e em que condições pode-se retirá-la, bem como a gravidade das várias categorias de roubo, foram deixados por Bahá'u'lláh para que a Casa Universal de Justiça decida por ocasião da aplicação da lei.

Ficará por encargo da jurisprudência da Nova Ordem Mundial decidir tanto a natureza da identificação, quanto a natureza da classificação de "ladrão". Tudo converge para que a identificação se dê por meios digitais e que o ladrão seja todo aquele que, de alguma maneira, infringir os princípios da Nova Ordem Mundial.



sábado, 11 de abril de 2015

Mais policiamento do pensamento

O Estado ao longo do século XX tentou de todas as formas conseguir o controle de tudo quanto podia, mas eis que surge a internet, proporcionando ao homem uma liberdade sem igual. O Estado, porém, não querendo ficar para trás — e aqui já podemos falar em Estado em um sentido mais estreito: o Estado brasileiro  tem lançado mão de medidas que, em nome da "democracia", possam vir a dar o controle também dos ambientes virtuais.

A mais nova vinda do Planalto é o Humaniza Redes, lançado com a promessa de "fazer o enfrentamento às violações de Direitos Humanos que acontecem online". Vemos na sua página do Facebook a seguinte descrição: Contra todas as formas de discriminação, preconceito e violações de Direitos Humanos na internet. O carro chefe da Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah parece mesmo ser a bandeira da Eliminação de Toda Forma de Preconceito (traduzido aqui). O Brasil, por sua vez, parece ser o carro chefe na implementação do policiamento do pensamento, da censura de idéias, rumo a um totalitarismo.

Em 2011, na Noruega, um atirador matou 92 pessoas, sendo a maioria membros juvenis do Partido Trabalhista, partido ao qual pertencia o então Primeiro Ministro. Após perícia no computador do autor dos disparos, constatou-se que o sujeito acessava páginas racistas e disseminadoras de ódio contra imigrantes. Mais recentemente, o co-piloto que atirou um avião com 150 passageiro acessava páginas que fomentavam o terrorismo. Em nenhum dos casos citados houve uma resolução dos respectivos governos locais no sentido de controle da internet.

Tempos atrás, vimos surgir o Marco Civil com a mesma "esperança democrática". Por que então se faz necessárias outras medidas, que parecem não se integrar? Dessa vez, ainda, o governo anti-elite fez parcerias com parte da elite bilionária internacional (apoio do Google, Facebook e Twiter).

quarta-feira, 18 de março de 2015

Um retrato do que se transformou o "pai nosso" no movimento gospel

Pai Nosso

Ministério Pedras Vivas


Pai nosso nos céus
Santo é o Teu nome
Teu reino buscamos
Tua vontade seja feita
Na terra como é nos céus
Deixa o céu descer
Na terra como é nos céus
Deixa o céu descer
Faz tempo que eu venho notando no que a oração canônica do Pai Nosso vem se reduzindo dentro do movimento gospel. A princípio, notei a retirada do princípio transcendental da oração, e consequentemente do próprio Cristianismo: Seja feita a Vossa vontade. Cristo mostra que sobretudo é a vontade de Deus que deve prevalecer. Entretanto, o movimento gospel se preocupa em pedir o Vosso reino na Terra como no Céu (quanto a isso, veja aqui). Assim na Terra como no Céu diz respeito à vontade de Deus e não ao Vosso Reino.
A canção que abre a postagem aparentemente não rejeita o elemento divino transcendental "Tua vontade", porém insiste em associar uma "celestificação" da Terra, apregoando o princípio hermético de que o que está embaixo (Terra 666) deve vir a ser como o que está em cima (Céu 999).
Fazer o Céu descer quase sempre está associado às sensações sentidas durante o recitar dos mantras gospel as quais se atribuem ao agir do "espírito santo". O que inicia a era dourada da Nova Era e do mundo enquanto Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah coincidem com as orações do movimento gospel: uma Terra celestial advinda após a certeza da visitação do espírito santo aos corações humanos.
A nossa morada não é a Terra, Cristo não ora para que Deus transforme-a em um Céu. Temos o Seu Reino invisível em nós, e será esse "nós" que Ele tomará para si.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A gravidez já pode ser diagnosticada como DST

Foi ao ar uma reportagem no canal de televisão do bispo abortista (não disponibilizada online), na qual abordava o perigo em tempos de carnaval para o aumento de casos de doenças sexualmente transmissíveis. A reportagem, embora com ares de educativa e de "utilidade pública", prestava um enorme desserviço, por infelicidade dos produtores, ao confundir indiscriminadamente DST com gravidez não planejada.

Ao mesmo tempo que se falava de HIV, de HPV, da PQP, mostrava uma solução perigosa (sic) para o problema: a pílula do dia seguinte. A dita pílula é um anticoncepcional e apenas evita a gravidez, em nada interfere nas, de fato, doenças sexualmente transmissíveis. Disso só se podia tirar uma conclusão: a gravidez é uma doença sexualmente transmissível.

Isso não é só um desatento dos editores, é um sintoma da nova cultura da morte...

Tradução: A gravidez é uma doença como as outras (imagem daqui)

sábado, 31 de janeiro de 2015

A Teologia da Missão Integral e a Mentalidade Revolucionária

Venho acompanhando aqui e ali algum material da Teologia da Missão Integral (TMI) a fim de montar um panorama da mesma que seja o mais justo possível. Seu maior expoente é mais possivelmente Ariovaldo Ramos (foto). O seu maior crítico é o blogueiro Júlio Severo, o qual é também defensor do Neopentecostalismo e da Teologia da Prosperidade, chegando a escrever um livro com o título: Teologia da Missão Integral versus Teologia da Prosperidade, disponível online e gratuitamente em seu blogue. 

O debate é bastante conturbado, sobretudo na questão de a TMI ser possivelmente uma nova roupagem, protestante, da Teologia da Libertação e, portanto, marxista. Essa é a principal crítica feita por Júlio Severo. Ariovaldo já se pronunciou afirmando que a TMI "não lança mão do referencial teórico do marxismo". Em uma "carta aberta" direcionada à recente exposição do tema no programa Academia em Debate na Tv Mackenzie, em relação a afirmação de que a TMI possa ser "uma espécie de marxismo disfarçado", Ariovaldo ressalta a TMI como uma proposta Ortodoxa, mas que apenas amplia a concepção da missiologia da Igreja.

O que deveria estar claro, mas que por algum motivo é ignorado, não é "o quão marxista" possa ser a Teologia da Missão integral, e sim aquilo que a faz se aproximar da Teologia da Libertação e consequentemente ao marxismo: a intersecção entre aquilo que seriam as bases da TMI com as caraterísticas do pensamento revolucionário moderno.


O pensamento revolucionário não se manifesta tão somente no marxismo. Por vezes pode ocorrer de intitularem tudo quanto tiver características da mentalidade revolucionária de marxismo, talvez pelo fato de no marxismo o pensamento revolucionário ser mais evidente. Acontece que a mentalidade revolucionária como fenômeno neognóstico deveria ser considerado nas análises, mas não o é e, em decorrência disso, tomei eu mesmo a liberdade de o fazer, resumidamente.

A primeira semelhança que é encontrada da TMI com a mentalidade revolucionária baseia-se na retorno ao profetismo hebraico. Ariovaldo afirmou que o conceito de justiça no profetismo hebraico é um conceito o qual a Missão Integral se estriba na recuperação. Tal como a TMI, a mentalidade revolucionária moderna busca recuperar o profetismo hebraico e a sua noção de justiça (Ler: O messianismo judaico e a mente revolucionária moderna). Cristo foi morto justamente pelo fato de estar na contra mão da noção de justiça materialista e temporal herdada pelo povo hebreu, pois Jesus anunciou um "futuro de Justiça" dentro de uma "dimensão espiritual". 

Existe um jogo antitético moderno x antigo no modo como a mentalidade revolucionária lida quanto à perfeição da realidade de mundo por qual esta busca. 

Pela terminologia de Roger Griffi, o anseio de retorno às origens pelo movimento revolucionário é chamado de palingênica (palin + genesis, retorno à origem), o qual busca findar-se naquilo que seria a reconstrução do Éden, podendo ser visto em pregações de preletores como Benny Hinn e Myles Muroe através do "plano de Deus". Entretanto, a Teologia da Missão Integral se encaixa com o termo  que o filósofo Eric Voegelin costuma usar: fé metastática, que designa a crença na transformação da estrutura da realidade em uma nova e inédita. Podemos perceber isso a partir da "doutrina da pedra".

domingo, 11 de janeiro de 2015

A ambiguidade na manifestação em Paris

Acontece hoje a manifestação em Paris pela liberdade de expressão em decorrência ao atentado à redação de Charlie Hebdo na quarta feira (7). Essa manifestação tem dois objetivos: unir os franceses e dividir os franceses.

O presidente francês François Hollande tem estado em seu pior momento desde que assumiu a presidência. As pesquisas indicavam uma quase unanimidade entre os franceses que Hollande não deveria tentar se reeleger. Em um sistema isolado a entropia só pode aumentar, ou seja, a tendência era só perda de prestígio para o presidente, a menos que houvesse uma interferência externa que reconciliasse os franceses com Hollande nem que por um momento. Foi o que aconteceu.

François Hollande pediu a união dos franceses nesse momento: "Queria pedir a união da nossa sociedade, que significa que temos que lutar contra tudo que possa nos dividir." O medo para com um inimigo externo é um importante ingrediente para o aumento de um sentimento entre os iguais, algo semelhante com Bush e os americanos no atentado de 11 de setembro. Entretanto, deve-se tomar cuidado com a escolha do inimigo: ele nunca pode ser tão visível.

Hollande continua: "Temos que ser implacáveis contra o racismo e o antissemitismo (...) Essas pessoas que cometeram esses atos dramáticos não têm nada a ver com a religião muçulmana". O inimigo tem de ser externo e invisível. É aqui que entra o segundo objetivo da ambígua marcha: dividir os franceses. A Frente Nacional francesa, que representa pelo menos 20% da população da França, já se pronunciou ser contra a manifestação e, diferentemente do Partido Socialista de Hollande, não vê o inimigo tão abstratamente, condenando a imigração em massa.

Fontes:

sábado, 3 de janeiro de 2015

A etimologia da Nova Ordem Mundial

É a coisa mais comum dentro das agendas globalistas haver alterações em algumas nomenclaturas. Lembremos o caso das metas objetivos do milênio. Sempre que houver a necessidade de alterar nome de ideologia ou slogan ideológico isso será feito com certeza. E isso sempre se dá para que se abranja ainda mais o campo de atuação ideológica, sobretudo se da maneira inaugural existirem brechas para refutações ou sátiras.

Todo mundo já ouviu falar no Aquecimento Global. O que isso traz à mente? Aumento da temperatura do planeta. Mas e os recordes de baixa temperatura que algumas regiões tiveram atingindo? Por isso, de uns tempos para cá, o Aquecimento Global Antropogênico passou a ser mais referenciado apenas por Mudanças Climáticas.

Isso já acontece nos artigos de língua inglesa já há algum tempo e vem sendo adotado pela nossa língua também. Vejamos por exemplo os artigos da Wikipédia: no artigo de língua inglesa Climate Change equivale a Global Warming.



O termo "Mudanças Climáticas" abrange mais eventos do que simplesmente "Aquecimento Global".  Até mesmo ser responsável pelas quedas de aviões.