sábado, 29 de agosto de 2015

As Forças Globalistas

Há dois anos escrevi uma postagem em que eu admitia não entender bem a relação entre as ações da Rússia e o cenário de Nova Ordem Mundial. Hoje, as coisas parecem estar mais claras e, por isso, decidi voltar a esse assunto.

Vemos o agir paralelo de pelo menos duas forças globalistas: a plutocracia internacional e o internacionalismo socialista (deixemos a irmandade muçulmana de fora por agora). O primeiro age, principalmente, por meio das mídias e o segundo por meio da força do Estado.

O Brasil é um exemplo de como essas duas forças agem sem uma hegemonia clara, pois nem a mídia está apartada do Estado e nem o Estado tem a força (armada) de repressão que tem, por exemplo, a Venezuela. Este, assim como a Coréia do Norte ou a China, tem uma mídia mais fechada á tendencia globalista, que é por onde se entra a agenda gayzista ou feminista, ou seja, os países mais fechados (e aqui entra a Rússia) são, aparentemente, mais resistentes ás agendas financiadas pela elite globalista porque suas mídias são controladas.

O poder do internacionalismo socialista avança por meio das parcerias (como o Foro de São Paulo) entre os governos da velha esquerda. Velha esquerda porque países como Cuba tiveram suas revoluções influenciadas diretamente pelo leninismo, da corrente do marxismo oriental, enquanto a nova esquerda, ocidental, incorporou as "novidades revolucionárias" provenientes dos teóricos da Escola de Frankfurt, como Marcuse, que acreditava que a nova força revolucionária não estava no operário, mas no produto da revolução sexual da década de sessenta, os movimentos de contra-cultura e as revoltas raciais, que são a base das agendas globalistas atualmente.

A razão de, por exemplo, o regime da Coreia do Norte permanecer intocável até hoje, é por obedecer a uma das premissas da nova ordem: a repressão brutal do Estado. O que se pretende é que a Coreia do Norte se converta à uma democracia (sem perder a força de repressão do Estado) para que globalização midiática assuma o encargo de persuadir as massas ao reconhecimento da era do cristo cósmico.

Um fenômeno idêntico tem se passado com Cuba e a sua "abertura política" com o Estados Unidos, que são o inverso desses estados de força bruta (para com a sua própria população). No entanto, a mídia americana — que é, ao mesmo tempo, anti-americana — exerce fortemente o poder da plutocracia internacional sobre a sua população.

Em suma, as ações globalistas têm hoje tentando harmonizar esses fatores. Isso explica, por exemplo, o fato de a esquerda brasileira abraçar as mesmas causas dos liberais americanos, comemorar as suas conquistas e ainda ter os EUA como o grande Satã.