quarta-feira, 18 de março de 2015

Um retrato do que se transformou o "pai nosso" no movimento gospel

Pai Nosso

Ministério Pedras Vivas


Pai nosso nos céus
Santo é o Teu nome
Teu reino buscamos
Tua vontade seja feita
Na terra como é nos céus
Deixa o céu descer
Na terra como é nos céus
Deixa o céu descer
Faz tempo que eu venho notando no que a oração canônica do Pai Nosso vem se reduzindo dentro do movimento gospel. A princípio, notei a retirada do princípio transcendental da oração, e consequentemente do próprio Cristianismo: Seja feita a Vossa vontade. Cristo mostra que sobretudo é a vontade de Deus que deve prevalecer. Entretanto, o movimento gospel se preocupa em pedir o Vosso reino na Terra como no Céu (quanto a isso, veja aqui). Assim na Terra como no Céu diz respeito à vontade de Deus e não ao Vosso Reino.
A canção que abre a postagem aparentemente não rejeita o elemento divino transcendental "Tua vontade", porém insiste em associar uma "celestificação" da Terra, apregoando o princípio hermético de que o que está embaixo (Terra 666) deve vir a ser como o que está em cima (Céu 999).
Fazer o Céu descer quase sempre está associado às sensações sentidas durante o recitar dos mantras gospel as quais se atribuem ao agir do "espírito santo". O que inicia a era dourada da Nova Era e do mundo enquanto Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah coincidem com as orações do movimento gospel: uma Terra celestial advinda após a certeza da visitação do espírito santo aos corações humanos.
A nossa morada não é a Terra, Cristo não ora para que Deus transforme-a em um Céu. Temos o Seu Reino invisível em nós, e será esse "nós" que Ele tomará para si.