segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os véus da pluralidade

Os estudantes muçulmanos do sexo masculino estão dispensados de cumprimentar as professoras com um aperto de mão, segundo uma decisão aprovada num distrito do norte da Suíça, foi hoje divulgado. 
A decisão está a causar polêmica na Suíça 
"Não podemos tolerar que as mulheres no serviço público sejam tratadas de forma diferente dos homens", disse o responsável à televisão suíça.
(Daqui
Muçulmanos que se adaptaram de tal forma à Suíça de modo a inclusive frequentarem suas universidades aparentemente não se adaptaram tanto assim. Isso mostra qual deve ser a real preocupação referente à imigração muçulmana em massa que tem ocorrido na Europa: o choque civilizacional (as bombas explodidas são, acreditem, o de menos).

O Direito é aquela ferramenta que prometem usar para poder harmonizar a convivência num mundo multicultural, como o idealizado na mente do cristo cósmico Baha'u'llah. O Direito, no entanto, tem reduzido sua discussão a uma "ponderação" entre as diferentes "hierarquias sociais" esquematizadas nas mentes das elites globalistas.

…e sorve do cálice do Absoluto e contempla os Manifestantes da Unicidade (…) Ele contempla todas as coisas com a vista da unicidade, e vê os brilhantes raios do sol divino, que emanam do ponto do alvorecer da Essência, atingirem igualmente todas as coisas criada… O Vale da Unidade, Os Sete Vales. Baha'u'llah

No caso que abre a postagem encontramos duas hierarquizações: a entre europeu e muçulmano e a entre homem e mulher. Um assume na imaginação dos juristas a imagem do opressor e o outro a do oprimido. A ideia é defender ao máximo o "oprimido" do "opressor", mas a dificuldade aparece quando o um assume, por um lado, a condição de oprimido e, por outro lado, a condição de opressor. O muçulmano frente à civilização ocidental é um oprimido, mas perante a mulher é um opressor.

Se você perceber em que consiste a polêmica que o caso levantou, entenderá o que quero dizer. O debate gira em torno de "até que ponto conceder o direito ao muçulmano ofende o direito à mulher". Não se pregunta se causará prejuízos à cultura, aos valores da nação, ou seja, não se pensa mais em como proteger a civilização sobre a qual a própria ideia de Direito foi criada, mas pensa-se apenas em assegurar uma hipotética ordem global a todo custo.


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